Tenho uma lesão no menisco. E agora, tenho de ser operado?

As lesões meniscais (do menisco interno e/ou externo) são bastante frequentes na população que pratica desporto e na população em geral, podendo provocar (ou não) algum grau de limitação na articulação do joelho. Muitas vezes identificadas como achados, aquando da realização de uma Ressonância Magnética, deve-se verificar sempre, se a causa da dor na articulação do joelho provém de uma correlação entre a clínica e a alteração estrutural evidenciada na imagem (neste caso na Ressonância magnética).

Devem distinguir-se 2 tipos de lesões do menisco – degenerativas e traumáticas. Se para as lesões degenerativas e que estão intimamente associadas a um processo já instalado de osteoartrose do joelho, não parece haver dúvidas que o tratamento conservador é de longe a melhor solução, já para as lesões traumáticas há algumas divergências relativamente ao tipo de tratamento a seguir, pelo que nos últimos anos o lema – Save the Meniscus, tem ganho preponderância pela estreita correlação entre a remoção do menisco (meniscetomia) parcial ou na totalidade e o aparecimento de osteoartrose da articulação. Assim, o tratamento conservador (sem recurso a cirurgia) ou a sutura meniscal (quando indicada) tem ganho seguidores, apesar de esta última ter resultados favoráveis questionáveis em atletas pelas altas taxas de falência da sutura e necessidade a curto/médio prazo de nova Cirurgia, neste caso a meniscetomia.

Quais são então as lesões meniscais que necessitam inequivocamente de cirurgia? Aquelas que, mesmo depois da fase aguda, mantém quadro de limitação importante em termos de amplitudes do joelho (principalmente extensão) por um bloqueio mecânico articular. Em todas as outras é lícito procurar orientar primeiro com tratamento conservador, com taxas de sucesso altíssimas e com menos co-morbilidades relativamente ao tratamento cirúrgico.

Em relação ao tratamento conservador sabemos que um trabalho de mobilidade, reforço muscular e reintegração gradual às cargas de treino são fundamentais, podendo o tipo, localização da lesão (Zona vermelha), biótipo da pessoa (baixo IMC), entre outros, ajudar na decisão a tomar para tender para a opção conservadora. Nos últimos anos e com o aparecimento dos chamados Ortobiológicos assistiu-se a uma crescente utilização destes produtos com resultados promissores neste tipo de patologias, pelo que o seu uso em casos selecionados, ajuda principalmente com resultados a médio/longo prazo no grau de satisfação do utente, em termos de dor e melhoria da funcionalidade para o seu dia-a-dia.

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